16 de janeiro de 2013

Castelo de Cartas


Castelo de Cartas

Outra noite, e novamente os anjos sem asas da decadência se reúnem, para erguer mais um de seus reinos nas entranhas da vida. Para mostrar que ainda (r)existem. Ergueram ruínas de ilusões. Castelos de Areia em meio a bolsa de valores E agora, faríam um Castelo de cartas, em meio as areias, na esperança que o mar leve, cada uma delas a seu destinatário.

E nós é disfarce para vocês. Sempre é. As Ilusões foram replicadas de cada uma das crianças, e as areias são o pó que cada uma delas deixou para trás. E as cartas... as mais importantes serão delas. Vocês é disfarce para elas. Sempre é.

Nenhum decadente, ainda que seja um anjo pode fazer o que uma criança pode. Nenhum é tão ousado. Nenhuma á completa. Todas ficam vazias. E em meio a estes pensamentos, erguemos quatro andares, de cartas. Cartas de baralho em branco. Cartas de poesia. Colocamos, em cada face, trechos de poemas. Mensagens. Nomes. Citamos nós mesmos, em terceira pessoa, e outros mortos de overdose.

E isso preencheu todo o primeiro e o segundo andar. Mas só eles. Nesse castelo vazio, e o deixamos, na esperança de que seja preenchido em seus andares mais elevados pelas crianças. Sempre nós. Sempre vocês. Sempre elas.

Deixamos tudo lá, sem jamais saber o que aconteceu. Na esperança que todas as cartas tenham sido preenchidas antes de serem levadas pelo mar. De que pessoas de vidas vazias não recebam cartas em branco. Antes do fim. Sempre antes...

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