25 de novembro de 2012

Castro e Castro

Castro e Castro

       Conheci a Dani numa tarde de inverno, tempo feio pra caramba, a cerveja só descia se fosse quente, a música tava horrível,  mas a Dani era... Bom, não era exatamente bonita, mas sei la, era mulher, eu tinha 14 anos e ela tava e dando condição.

      -    Eae princeso, quer uma cerveja?

      Foi inesperado, mas bom. Eu não chegaria nela, sei disso, e eu aceitei. Mais uma. e mais uma, e vocês sabem, quanto mais cerveja se bebe, mais ela parece gelada, a música fica melhor, e ela melhora as mulheres. Não existe mulher feia, nem homem sem graça, é a gente que bebeu de menos. Ela foi se abrindo (14 anos!) e descobri que o nome dela era Dani Castro. Zé Castro Graça, soltei:

      -    Se nos casássemos você seria Dani Castro e Castro

      Um adolescente, bêbado falando em casamento com uma mina que acabara de conhecer... todo mundo deu risada, menos nós dois. Em todo caso, um ano depois todos nos conheciam por srª e sr Castro e Castro e pixei, na parede do bar, em tinta preta, "Dani, eu te amo".

      Não que o dono do bar gostasse que pixassem suas paredes, mas não ia expulsar o cliente, muito menos gastar dinheiro com tinta para repintar, de forma que 2 anos depois ainda tava la a tal pixação.

       E foi nesse tempo que eu descobri que ela me traia com um tal de Texugo, e que o bar todo sabia. Eu não tinha mais moral lá, e nem em qualquer bar perto. Mas, antes de abandonar tudo pixei, em tinta branca, por cima do "Dani , eu te amo" um "Dani, eu te odeio"

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Será que se eu disser que foi inspirado em fatos reais, alguém acredita?

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